Governo de Minas apresenta Conexão Ásia em Fórum de Desenvolvimento
Balanço detalha parceria do Estado com os países asiáticos e os resultados do projeto
Publicado: 21/08/2020 11:47 | Atualizado: 03/10/2022 21:07
Foto: Divulgação Sede Foto: Divulgação Sede

O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, Fernando Passalio, apresentou o programa Conexão Ásia aos participantes do Fórum de Desenvolvimento Minas China, no início da noite dessa quinta-feira (20). O evento, promovido pela Assembleia Legislativa entre os dias 14 e 21 de agosto, reúne empresários, lideranças políticas, estudantes e professores para discutir os avanços da pauta sino-mineira.

Com o objetivo de ampliar e diversificar o relacionamento entre Minas e Ásia, em especial a China, o Conexão Ásia visa acesso a investimentos e a fundos setoriais de financiamento em condições vantajosas e transferência de tecnologias e conhecimento, buscando empresas asiáticas, fundos de investimento da região e instituições de pesquisa que desejam se instalar em Minas Gerais.

De acordo com o secretário-adjunto Fernando Passalio, a criação de um programa com foco no continente asiático se dá pelo histórico de relações desses países com Minas Gerais. A China, por exemplo, é o principal parceiro comercial de Minas Gerais, que é considerado o segundo maior estado brasileiro exportador para a China, representando quase US$ 8 bilhões, além de ser o sexto maior estado importador da China, movimentando quase US$ 1,7 bi.

“Apesar dos impactos causados pela pandemia, a relação comercial entre Minas e China continua crescendo em 2020. As exportações mineiras para o país asiático aumentaram cerca de meio bilhão de dólares em comparação com o mesmo período”, explica Passalio.

Conexão Ásia

Lançado no ano passado, o Conexão Ásia já apresenta resultados de cooperação entre Minas e países asiáticos. Um dos exemplos é a atração do capital inicial estimado de R$ 100 milhões para operações do Banco da XCMG em Pouso Alegre, com foco na ampliação do Parque Indústria, além de prospectar uma ativa busca de centros de pesquisa asiáticos para se instalarem em parques tecnológicos mineiros.

Idealizador do programa, o subsecretário de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas da Sede, Juliano Alves Pinto, explica que investimentos como esse vão além do segmento de máquinas agrícolas. “Vários são os exemplos, mas podemos falar de fibra óptica, de tecnologias mais avançadas, comunicações em sensores, internet das coisas. É isso que os chineses estão pensando em realizar na região de Pouso Alegre”, afirma Juliano, que também citou a parceria sino-mineira no setor audiovisual.

O projeto deu início em 2019, no Seminário Inovação de Comércio de Serviços China – Brasil, em Montes Claros, que reuniu 28 empresas chinesas conectadas no município do Norte do Estado. “Na oportunidade, foram realizadas tratativas para abertura de um Centro de Produção de Economia criativa entre os dois países para iniciativas conjuntas de coprodução em audiovisual e fortalecimento cultural entre as regiões”, ressalta.

Além da cooperação internacional, o Governo de Minas atua no continente asiático como uma forma de achar oportunidades para todos os segmentos. “A internacionalização torna a indústria mais competitiva e isto é muito bom para o Brasil também. As boas práticas internacionais foram muito bem incorporadas e o Brasil tem muito a aprender com a experiência dos asiáticos, que anseiam a criatividade e talento dos brasileiros. São as boas práticas que tornam o país competitivo”, afirma Juliano Alves Pinto.