Minas Gerais atingiu a marca de R$ 264 bilhões em investimentos atraídos desde janeiro de 2019, superando em 76% a meta prevista para esta gestão, que era de R$ 150 bilhões. Os dados são da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), por meio da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Invest Minas), que também confirmou o alto desempenho deste ano, acima das expectativas iniciais.
De acordo com a agência, foram atraídos R$ 71,4 bilhões, entre janeiro e setembro de 2022, 58,6% acima da meta estipulada de R$ 45 bilhões. Os aportes de novas empresas e expansões impactaram na criação e manutenção de cerca de 593 mil empregos nos últimos 45 meses.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, esse elevado número, bem acima das previsões iniciais, evidencia um trabalho constante do Governo de Minas para tornar o estado cada dia mais atrativo para as empresas nacionais e internacionais. “Atuamos efetivamente na redução de burocracias, celeridade de processos, bem como na busca ativa pelos melhores investimentos para Minas. Preparamos o terreno, mostrando como é fácil e lucrativo investir em Minas”, reitera.
Projetos saindo do papel
A métrica da efetividade de uma política forte de atração são os investimentos que já são realidade. Os números de Minas Gerais demonstram o sucesso da gestão do governador Romeu Zema. São 287 projetos que já saíram do papel desde 2019, entre empresas que iniciaram a implantação ou já estão em operação, somando mais de R$ 97 bilhões em investimentos.
Além disso, a projeção do corpo técnico do Governo de Minas é que o ápice das implantações ocorra nos anos de 2023 e 2024, considerando os licenciamentos ambientais em curso. Ao todo, 137 municípios receberam investimentos intermediados pela Invest Minas, seja de novas empresas ou de empresas existentes em expansão.
“Os resultados alcançados são frutos de um governo amigo do investidor e do trabalho de prospecção e atendimento de excelência da Invest Minas e da Sede, bem como de todo o ecossistema de desenvolvimento do Estado”, afirma o diretor-presidente da Agência, João Paulo Braga.
Marcas mundiais
A atração de algumas marcas líderes de mercado no Brasil e no mundo para o estado desde 2019 tem chamado a atenção do mercado como um todo. No setor de e-commerce, por exemplo, grandes operadoras como a norte-americana Amazon e a argentina Mercado Livre, decidiram montar centros de distribuição em Minas, assim como marcas como Nike, Mizuno e Under Armour, Olympikus e Centauro passaram a ter operações logísticas em solo mineiro a fim de ganhar competitividade.
O setor farmacêutico também é um dos que está em franca expansão com uma grande unidade da Eurofarma em construção na cidade de Montes Claros, no Norte de Minas. A gigante indiana ACG anunciou neste ano um investimento de R$ 100 milhões na expansão de sua fábrica em Pouso Alegre, inaugurada em 2019.
Outro setor que atraiu muitos investimentos para Minas nos últimos quatro anos é o de embalagens. Recentemente, a Ardagh Group anunciou a instalação de duas fábricas em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com investimento de R$ 2,4 bilhões. Ela se junta a outros players mundiais do setor que já escolheram Minas Gerais: Ball, em Frutal, e a Crown, em Uberada, com investimentos de R$ 504 milhões e R$ 650 milhões, respectivamente.
Todas as marcas estão de olho no mercado de bebidas, que também segue em expansão. Grupos como Heineken, Cidade Imperial e Petrópolis decidiram instalar em cidades mineiras suas mais novas unidades, estimulando o crescimento de toda uma cadeia de fornecedores que atuam neste setor.
Energia limpa
Minas Gerais também atraiu investimentos muito importantes para a geração de energia fotovoltaica. Um dos principais aportes será feito pela gigante Shell Energy. A companhia britânica e o Governo de Minas assinaram um protocolo de intenções que prevê um investimento potencial de até R$ 7 bilhões em energia solar. O acordo assinado entre o Governo e a multinacional prevê estudos para instalação de usinas solares nas cidades de Corinto, na região Central, Arinos e Brasilândia de Minas, no Noroeste, e Janaúba e Várzea da Palma, no Norte do Estado.
Os investimentos consolidam a posição de liderança nacional de Minas Gerais na geração de energia solar fotovoltaica no país. O Estado alcançou no mês de agosto deste ano a marca de 3GW de capacidade instalada, nas modalidades centralizada e distribuída, o suficiente para abastecer 1,5 milhão de residências.
E essa liderança será ampliada em breve. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), somente as usinas em construção no modelo de geração centralizada (caracterizado por unidades que geram uma grande quantidade de consumidores) terão capacidade de gerar mais 2,6 GW de energia.
