Invest Minas atrai grupo têxtil para se instalar em Pedro Leopoldo com a expectativa de gerar mais de 600 empregos
A empresa de tecelagem Arteca já iniciou a implantação com investimentos de R$ 185 milhões
Publicado: 30/12/2022 14:31
Divulgação Invest Minas Divulgação Invest Minas

A Arteca Vitória Importação e Exportação Ltda espera iniciar as primeiras atividades de sua nova unidade fabril, instalada na cidade de Pedro Leopoldo, na região Metropolitana de Belo Horizonte, no primeiro trimestre de 2023. A empresa, pertencente à Holding Passos Campos Comércio S.A, assinou o protocolo de intenções com o Governo de Minas em outubro de 2022 e já iniciou o processo de implementação da primeira etapa do complexo industrial. O investimento total previsto é de R$ 185 milhões, com expectativa de geração de 350 empregos diretos e mais 280 indiretos, um ganho significativo para o município.

Segundo o presidente da empresa, Aroldo Teodoro Campos, a primeira etapa, que é a implementação da tecelagem, terá um investimento de R$ 95 milhões, com geração de 150 empregos diretos. “Nós já acertamos as questões com a Secretaria da Fazenda, iniciamos a montagem dos equipamentos, hoje com 30% concluído. Nosso pessoal já está em treinamento em outra unidade do grupo e o licenciamento ambiental segue em andamento, após convênio entre Estado e município. Pelo ritmo, vamos começar o faturamento no início de 2023”, conta o executivo.

A empresa, que tem presença em oito estados brasileiros, ainda prevê um novo investimento no local, de mais R$ 90 milhões, com expectativa de gerar mais 200 empregos diretos e  outros 280 indiretos, totalizando 630 novos postos de trabalho em todo o complexo para a economia de Pedro Leopoldo.

“Nós adquirimos o imóvel onde havia outra indústria têxtil, que funcionou pouco tempo e fechou. A estrutura é muito boa, com grande capacidade de expansão e fica próxima a Belo Horizonte. Além disso, fomos muito bem recebidos pela Invest Minas e pelo município, que se empenharam em resolver os entraves, o que permitirá iniciarmos a primeira etapa de maneira mais rápida. Somos mineiros, e estamos fazendo de tudo para manter os novos investimentos aqui no Estado”, diz Aroldo Campos.

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, tal implementação evidencia, mais uma vez, o compromisso de Minas Gerais em se tornar um estado pronto para receber os mais variados investimentos, por meio da política de liberdade econômica e desburocratização de negócios.

Atuação

A Invest Minas atuou neste processo desde a prospecção até a assinatura do protocolo de intenções, passando pela interlocução com outros órgãos do governo, como as secretarias de Estado da Fazenda e do Meio Ambiente. A expectativa é que um empreendimento desta magnitude atraia outras empresas para a região

“Minas Gerais já é um dos maiores polos de vestuário do país, com muitas empresas consolidadas. A presença de um complexo industrial deste tamanho certamente vai fazer com que outros negócios desejem estar mais próximos dela, tanto fornecedores quanto potenciais clientes. Nosso interesse é justamente criar essas oportunidades e atrair não só uma, mas diversas empresas dentro de um mesmo setor, gerando maior competitividade, reduzindo custos e abrindo empregos para toda uma cadeia produtiva”, afirma João Paulo Braga, CEO da Invest Minas.

A própria Arteca também está imbuída em atrair mais empresas parceiras para o seu novo complexo em Pedro Leopoldo. “Estamos também convidando duas empresas parceiras, uma de Santa Catarina e outra do Rio de Janeiro, para se instalar no mesmo complexo. Eles são nossos prestadores de serviços e têm total sinergia com nosso projeto. Temos área suficiente para eles se instalarem”, conta Campos.

Por sua vez, a participação da Secretaria de Estado de Fazenda no processo foi fundamental, tendo em vista os Tratamentos Tributários Setoriais (TTS) padronizados com o objetivo de propiciar maior verticalização da cadeia produtiva no Estado, com o fornecimento de insumos às indústrias de confecções, que, atualmente, dependem de aquisições em outros estados e de importação", avalia Osvaldo Scavazza, subsecretário da Receita Estadual.